O ensaio PIT (Pile Integrity Tester), também conhecido como Ensaio de Integridade de Estacas, é uma técnica não destrutiva usada para verificar a integridade estrutural de estacas moldadas in loco. Em alguns casos o projetista solicita realizar este ensaio em estacas pré-moldadas, mas o ensaio PIT não é adequado para este tipo de ensaio devido às suas emendas, sendo muitas vezes obtidas informações apenas em seu primeiro segmento.
Apesar de ser amplamente utilizado no controle tecnológico de fundações, muitas empresas ainda aplicam o ensaio de forma inadequada, comprometendo a interpretação dos dados e a confiabilidade das conclusões. É bom lembrar que o ensaio PIT não tem norma brasileira, mas é muito útil para revelar as condições do paliteiro da obra e eventualmente, após diagnóstico solicitar ensaios mais detalhados para verificar se mesmo com problemas, a estaca tem condições de receber cargas a qual ela foi projetada.
O PIT utiliza um acelerômetro muito sensível acoplado à cabeça da estaca por uma resina especial, para registrar a resposta da estrutura a um impacto leve com martelo metálico sendo suas extremidades com cabeças de poliamida convexas. O sinal de retorno (onda refletida) é analisado para identificar:
Existência de trincas ou falhas internas
Reduções de seção (estrangulamentos)
Inícios de descontinuidade ou separações
Alargamento da seção
Comprimento da estaca coincidente com o informado pelo responsável de execução da estaca ou quando não se tem a informação de seu comprimento (quando possível)
Esse ensaio é rápido, de baixo custo e pode ser executado com estaca seca e concretada com tempo de cura de no mínimo 7 dias.
Controle de qualidade de estacas recém concretadas (no mínimo 7 dias)
Avaliação de estacas em estruturas existentes (patologias)
Verificação de integridade antes de reuso de fundações
Diagnóstico complementar em obras de infraestrutura
Planejamento e documentação prévia:
Informações do projeto da fundação
Acesso ao topo da estaca sem obstáculos, bem lixada e nivelada
Ficha técnica do concreto (quando possível)
Tempo de cura adequado (7 dias no mínimo)
Equipamento e instrumentação adequados:
Acelerômetro calibrado e bem acoplado à estaca lixada e nivelada
Software confiável para registro e análise das ondas (PIT-W)
Impacto controlado e bem posicionado na superfície superior da estaca
Equipe treinada na execução e interpretação
Leitura de sinais, identificação de reflexões reais
Diferença entre anomalias reais e ruídos do ensaio
Comparações com padrões e resultados esperados
Aplicar o ensaio com topo de estaca obstruído ou irregular ou desnivelado
Fazer ensaio com concreto ainda muito jovem (sem tempo de cura)
Realizar análise sem conhecimento sobre propagação de ondas e interpretação dos sinais obtidos
Supor que o PIT fornece profundidade com precisão (isso depende das condições e do tipo de estaca)
Empresas que desejam aplicar o ensaio PIT corretamente e obter relatórios confiáveis, com análise técnica baseada em normas e experiência, devem considerar apoio de especialistas.
A RCE Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação Tecnológica Ltda, com mais de 49 anos de experiência em instrumentação, ensaios dinâmicos e consultoria, oferece:
Execução e análise de ensaios PIT em campo
Validação técnica dos relatórios
Treinamento técnico para equipes de obra
Apoio em auditorias, perícias e avaliações judiciais